sexta-feira, 10 de agosto de 2018

A sentença polemica e o tapetão de Coroará


Blog do Jorge Vieira – A polêmica decisão da juíza Anelise Reginato tornando inelegível o governador Flávio Dino (PCdoB), o candidato a deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) e casando os diplomas do prefeito e do vice-prefeito de Coroatá parece ser fruto de um conluio envolvendo membros do Tribunal de Justiça que passa pelo suspeito afastamento da juíza eleitoral Josane  Araújo Farias, que condenou Ricardo Murad, sua esposa e então candidata a prefeita Teresa Murad e vice, Neusa Furtado Muniz, em 2012, por abuso de poder políticos e econômico e os tornou inelegíveis pelo período de oito anos.

Misteriosamente a magistrada que condenou Ricardo e Teresa Murad a inelegibilidade até 2020 foi removida do município e para seu lugar foi colocada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão a juíza Anelise, uma amiga das famílias Sarney/Murad e conduzida ao cargo, pelo visto, para proteger os interesses da oligarquia moribunda e receosa de ser varrida do mapa eleitoral do Estado em outubro próximo.

Apenas para relembrar, o ex-secretário Ricardo Murad, apontado pela Polícia Federal como chefe da organização criminosa que desviou mais de R$ 1 bilhão da saúde pública do Maranhão, teve os direitos políticos cassados porque a então juíza Josane, da 8ª Zona Eleitoral de Coroatá, entendeu  que houve abuso de poder político por parte de Murad em 2012. Naquele ano de eleição municipal, conforme descreve a magistrada em sua sentença, o então secretário de Saúde utilizava o cargo que ocupava para “viabilizar convênios estatais para a construção de poços artesianos no município de Coroatá em período eleitoral quando sua esposa disputava o cargo de prefeita da cidade”.

Logo após a eleição de 2012, a juíza Josane, que condenou o casal Murad, foi transferida, sendo substituída por Anelise, que comandou as eleições de 2016 e agora surpreendeu juristas, classe política e o eleitorado maranhense ao proferir sentença tornando inelegível o governador Flávio Dino, por suposto abuso de poder faltando poucos mais de dois meses para o pleito em que Dino aparece como franco favorito para renovar o mandato por mais quatro anos logo no primeiro turno.

A questionável sentença da magistrada na véspera em que o governador encaminhou o pedido de registro de sua chapa ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) soa com armação de quem está a serviço de grupo político e não da justiça, como se espera de uma magistrada.

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