A Câmara
Municipal de São Luís (CMSL) aprovou, na sessão plenária dessa quarta-feira
(11/07), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, enviado a
Casa pela Prefeitura Municipal de São Luís (PMSL). No total, 09 emendas foram
apresentadas, sendo 06 pela Comissão de Orçamento, 02 pela Mesa Diretora e 01
proposta pelo vereador Raimundo Penha (PDT), que é vice-líder do governo. No
entanto, apenas oito foram aprovadas e uma foi rejeitada.
O projeto de lei
nº 051/2018, oriundo da mensagem nº 06/2018, do Poder Executivo, define as
diretrizes, metas e prioridades para a elaboração e execução da Lei
Orçamentária Anual (LOA) para 2019. Das oito emendas aprovadas, três são
modificativas, outras três são supressivas e duas foram aditivas.
Uma das emendas
modificativas aprovadas alterou o Artigo 44, do projeto da LDO. No dispositivo
enviado ao parlamento, o executivo queria promover a revisão dos valores venais
dos imóveis da capital com base na Planta Genérica de Valores, sem a
autorização do Legislativo, mas com as modificações, a norma passa a ter a
seguinte redação.
"Art.44. O
Poder Executivo Municipal promoverá a revisão dos valores venais dos imóveis
com base na Planta Genérica de Valores, após aprovação pelo Poder Legislativo,
nos termos do Art.352, § 4º do Código Tributário Municipal, ficando assegurada,
pelo menos a atualização monetária da base de calculo do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana, com observância das disposições da Lei
Municipal nº 3.945, de 28 de dezembro de 2000", diz trecho do parecer da
Comissão de Orçamento.
Na
justificativa, o colegiado destacou que a alteração do texto do referido artigo
visa atender aos preceitos do Art. 2º da CF, que trata da independência e
harmonia dos Poderes. "Ademais, a Planta Genérica de Valores do Município
constitui base de calculo para pagamento do IPTU, devendo, portanto, ter
aprovação do Poder Legislativo consoante o que estabelece o Art.352, §4º do
CTM", pontou.
Por sua vez, entre
as emendas supressivas aprovadas retira itens do projeto da LDO. No Parágrafo
Único, do Artigo 64 da proposta original, o executivo propôs usar a programação
constante do Plano Plurianual (PPA) 2018-2021, caso a Lei de Diretrizes
Orçamentaria 2019 não fosse aprovada até o próximo dia 31 de julho.
Na
justificativa, a Comissão de Orçamento garantiu que a supressão do dispositivo
visa atender aos preceitos do Art. 2º da CF, que trata da independência e
harmonia dos Poderes. "Ademais, o referido artigo não trata de matéria
orçamentaria e contraria o texto constitucional", esclareceu.
A lei, que
estima receitas e despesas do município pode ficar entre R$ 3,1 bilhões e R$
3,2 bilhões, dependo da previsão da Lei Orçamentária Anual (LOA) que estabelece
as despesas e as receitas que serão realizadas no governo no período de um ano.
O valor previsto
para o ano que vem é um pouco maior que o montante de 2018 cuja receita total
ficou em R$ 3,05 bilhões. Em 2017, a soma aprovada para o exercício chegou a R$
2,78 bilhões. Após a aprovação, a LDO 2019 segue agora para sanção do prefeito
Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que pode manter ou vetar as sugestões
apresentadas pelos legisladores da capital.
PPA 2018-2021
A Câmara tinha
até o próximo dia 28 como prazo legal para votar a LDO, mas o documento acabou
sendo aprovado ainda na sessão de quarta-feira, após deliberação do presidente
da Casa, vereador Astro de Ogum (PR). A Lei de Diretrizes Orçamentárias é o
primeiro passo para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2018-2021 de
São Luís para o próximo ano, assim como o Plano Plurianual (PPA), que
determinam de fato quais os investimentos que o município deverá fazer, a
partir da arrecadação obtida, assim como os gastos previstos.
Pela regra, a
LOA deve ser enviada à Casa pelo Poder Executivo até o dia 30 de setembro,
podendo ser aprovada no parlamento municipal até o dia 28 de dezembro, para que
possa ser aplicada ano que vem.
TRÂMITE DA LDO
Antes de ser
aprovada pelo plenário, a LDO já havia recebido parecer da Comissão Permanente
de Orçamento, Finanças, Planejamento e Patrimônio Municipal da Câmara, além de
ter passado por audiência pública no próprio Legislativo, no mês de junho. O
chefe do legislativo destacou que, independente de ideologia ou lado que ocupa
na Casa, os vereadores ludovicenses trabalharam de forma célere para aprovar a
proposta.
"Gostaria
de agradecer todos os meus pares por aprovar a LDO. Houve entendimento de todos
os colegas que, independente de ideologia ou lado que ocupa na Casa,
trabalharam de forma célere. Além disso, realizamos audiência pública, que
gerou a oportunidade de ouvir a sociedade e suas representações, para saber o
melhor caminho a seguir também na elaboração das emendas. Todo esse engajamento
é uma prova de maturidade da Casa em respeito à população ludovicense",
ressaltou Astro de Ogum.
RECESSO
Além de aprovar
a LDO, a Mesa Diretora da Casa instituiu na mesma sessão a Comissão de
Representação Interna, que vai atuar durante o recesso parlamentar.
Antes de definir
a formação do colegiado, o presidente do Legislativo, Astro de Ogum (PR)
destacou a atuação de cada vereador, e isso foi feito nominalmente,
parabenizando as ações dos parlamentares. Em seguida, leu os nomes dos
vereadores que compõe a comissão que terá Concita Pinto (Patriota), Sá Marques
(PHS), Edison Gaguinho (PHS), César Bombeiro (PSD) e Francisco Carvalho (PSL).
O colegiado tem
como prerrogativa, o poder de plenário, com a deliberação sobre a sustação de
atos normativos do Executivo que exorbitarem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa, desde que se caracterize a necessidade do
caráter de urgência e sobre projeto de lei relativo a créditos adicionais,
desde que haja parecer prévio da Comissão de Orçamento da Casa.
Além disso,
também é atribuição da comissão, resolver questões inadiáveis, além de apreciar
e votar pedidos de licença que possam ocorrer durante o recesso parlamentar. De acordo
com o Regimento da Casa, as atividades legislativas serão retomadas em 1º de
agosto.
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