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Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, nesta terça-feira
(3), um projeto de lei que proíbe a suspensão de leis por decisões monocráticas
de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). De autoria do deputado Rubens
Pereira Júnior (PCdoB-MA), o projeto tramitava de forma conclusiva na Câmara e
seguirá direto para apreciação dos senadores. A matéria foi protocolada em
março do ano passado.
Quando apresentou o projeto
de lei, o deputado Rubens Júnior afirmou que a iniciativa tinha como meta
combater o “excesso de decisões monocráticas dos ministros do STF”, num momento
em que o país “vive um processo de profunda judicialização em todos os aspectos,
especialmente no que tange às questões políticas”. E acrescentou que o seu
projeto era “uma resposta do Legislativo à monocratização do Supremo”.
As decisões monocráticas
dos ministros do STF têm, geralmente, efeito provisório e imediato. O projeto proposto
pelo maranhense altera o andamento de dois tipos de ações que podem questionar
leis no Supremo. As Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) e as Ações de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) são questionamentos se as leis
aprovadas e sancionadas estão de acordo com a Constituição.
Se o projeto for aprovado
também no Senado, os ministros do STF não poderão decidir sobre esses tipos de
questionamento individualmente. As ADIs e ADPFs passarão a ser decididas pelo
pleno do Supremo e as leis questionadas só poderão ser suspensas pela maioria
absoluta dos ministros.
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