Veja Online - Não faz dez dias (foi em 27 de abril) que o
ministro Celso de Mello determinou
abertura de inquérito para investigar as denúncias de tentativa do presidente
de interferir na Polícia Federal e os procedimentos de investigação avançam
numa velocidade preocupante e inquietante aos olhos do Palácio do Planalto.
Não
faz dez dias e o ex-ministro Sergio Moro já
apresentou suas razões, provas e convicções aos investigadores, acrescentando
um pedido para divulgação integral do depoimento a fim de evitar possíveis
manipulações de trechos vazados, notadamente na era que se inicia com o comando
da Polícia Federal em mãos amigas.
Não
faz dez dias e já foram ordenados exames em aparelhos de telefones celulares,
em um vídeo de reunião de ministros com o presidente, nos documentos que
apresentavam uma assinatura de Moro e um pedido uma exoneração “a pedido” do
então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, ambos alegadamente falsos.
Não
faz dez dias e já foram convocados para depor, três ministros de Estado, uma
deputada federal e seis delegados da PF. Diligências e depoimentos a serem
marcados no prazo máximo de cinco dias.
O
caldo engrossa para o lado do presidente e seus auxiliares quebram a cabeça
para saber como afinar a consistência a fim de abrandar o cozimento. A
dificuldade é encontrar um caminho em meio ao cipoal de afrontas e grosserias
do chefe.
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