O presidente da Assembleia Legislativa,
deputado Othelino Neto (PC do B), pronunciou-se, com indignação, na sessão
desta segunda-feira (4), acerca do problema verificado na educação da cidade de
Monção, cujas denúncias sobre desvio de verbas do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) foram levadas ao ar pelo
Fantástico da TV Globo, na noite de domingo (3). Em aparte ao deputado
Wellington do Curso (PSDB), o parlamentar disse que o problema é da maior
gravidade e deixa todo o estado do Maranhão entristecido.
De acordo com Othelino, a matéria é fruto de
denúncia que foi feita por cidadãos daquele município, há cerca de um ano, e
encaminhada também à Polícia Federal, ao Ministério Púbico Federal, ao
Ministério Público Estadual e Controladoria Geral da União, solicitando a todos
que tomassem providências com relação ao grande volume de fraude no censo
escolar daquele município.
O deputado disse ser lamentável que a prefeita
daquela cidade, Cláudia Silva, tenha cometido esses atos irregulares.
“Acho que o caso tem que ser mesmo apurado e os envolvidos responsabilizados,
porque é algo muito grave. A população de Monção não merece isso e o povo do
Maranhão não pode passar por uma vergonha nacional como passou ao ver o estado
sendo citado dessa forma”, frisou Othelino.
O presidente do Legislativo maranhense pontuou
ainda que isso é o fruto da irresponsabilidade e da falta de seriedade para com
a coisa pública, por conta do desejo apenas de arrecadar mais, sem se
importar com o objetivo principal do recurso do Fundeb, que é o de
promover a educação de qualidade, fazer com que as crianças possam estudar em
escolas dignas e tenham de fato o atendimento que merecem.
“Os órgãos devem punir exemplarmente os
culpados por essa irresponsabilidade, que acabou por provocar uma grande mancha
na imagem do Maranhão”, acrescentou.
Othelino Neto afirmou também que, enquanto o
governador Flávio Dino promove uma grande revolução na educação estadual,
“políticos sem qualquer compromisso com a causa pública agem desta forma,
prejudicando as crianças e os maranhenses de um modo geral”.
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