Veja.com - Uma testemunha do caso do
assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL)
disse à Polícia Civil que um policial militar e um ex-PM participaram do
assassinato dela e de seu motorista, Anderson
Gomes, no dia 14 de março. A informação foi publicada pelo
jornal O Globo nesta
quinta-feira (10).
A testemunha contou que um policial
atualmente em atividade no batalhão do bairro de Olaria e um ex-PM que
trabalhou no batalhão do Complexo da Maré estavam no carro, um
Cobalt prata, que foi usado pelos assassinos na emboscada.
Assim como as outras duas pessoas que também
estavam no carro, também apontadas pela testemunha, os homens, que já teriam
participado de crimes semelhantes, estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios (DH).
Os quatro são ligados ao miliciano Orlando
Oliveira de Araújo, o Orlando
Curicica, que está preso e seria ligado ao vereador Marcello Siciliano (PHS),
conforme denunciou a testemunha. O homem, que teria trabalhado durante cerca de
dois anos como “segurança” de Orlando, disse que o parlamentar mandou
matar Marielle porque ela estava “atrapalhando”
a atuação da milícia na Zona Oeste
carioca. A polícia já investigava o possível envolvimento de poderes
paramilitares no duplo homicídio.
Nesta quarta-feira (9), o vereador desqualificou
o depoimento da testemunha que o acusou de ter envolvimento na morte da
vereadora. Ele disse que se trata de um “factoide” e
que nunca teve desentendimentos políticos com Marielle.
“Quero expressar minha indignação como ser
humano. Estou perplexo. Minha relação com a Marielle era muito boa. Estou sendo
massacrado nas redes sociais. Mais do que nunca, quero que o caso seja
resolvido”, disse Siciliano, em uma entrevista coletiva convocada por ele no
auditório de um prédio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
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