quinta-feira, 10 de maio de 2018

Testemunha acusa PM e ex-PM de envolvimento na morte de Marielle

Veja.com - Uma testemunha do caso do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) disse à Polícia Civil que um policial militar e um ex-PM participaram do assassinato dela e de seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março. A informação foi publicada pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (10).

A testemunha contou que um policial atualmente em atividade no batalhão do bairro de Olaria e um ex-PM que trabalhou no batalhão do Complexo da Maré estavam no carro, um Cobalt prata, que foi usado pelos assassinos na emboscada.

Assim como as outras duas pessoas que também estavam no carro, também apontadas pela testemunha, os homens, que já teriam participado de crimes semelhantes, estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios (DH).

Os quatro são ligados ao miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que está preso e seria ligado ao vereador Marcello Siciliano (PHS), conforme denunciou a testemunha. O homem, que teria trabalhado durante cerca de dois anos como “segurança” de Orlando, disse que o parlamentar mandou matar Marielle porque ela estava “atrapalhando” a atuação da milícia na Zona Oeste carioca. A polícia já investigava o possível envolvimento de poderes paramilitares no duplo homicídio.

Nesta quarta-feira (9), o vereador desqualificou o depoimento da testemunha que o acusou de ter envolvimento na morte da vereadora. Ele disse que se trata de um “factoide” e que nunca teve desentendimentos políticos com Marielle.

“Quero expressar minha indignação como ser humano. Estou perplexo. Minha relação com a Marielle era muito boa. Estou sendo massacrado nas redes sociais. Mais do que nunca, quero que o caso seja resolvido”, disse Siciliano, em uma entrevista coletiva convocada por ele no auditório de um prédio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.

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