Blog do Jorge Vieira – A polêmica decisão
da juíza Anelise Reginato tornando inelegível o governador Flávio Dino (PCdoB),
o candidato a deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) e casando os diplomas do
prefeito e do vice-prefeito de Coroatá parece ser fruto de um conluio
envolvendo membros do Tribunal de Justiça que passa pelo suspeito afastamento
da juíza eleitoral Josane Araújo Farias, que condenou Ricardo Murad, sua
esposa e então candidata a prefeita Teresa Murad e vice, Neusa Furtado Muniz,
em 2012, por abuso de poder políticos e econômico e os tornou inelegíveis pelo
período de oito anos.
Misteriosamente
a magistrada que condenou Ricardo e Teresa Murad a inelegibilidade até 2020 foi
removida do município e para seu lugar foi colocada pelo Tribunal de Justiça do
Maranhão a juíza Anelise, uma amiga das famílias Sarney/Murad e conduzida ao cargo,
pelo visto, para proteger os interesses da oligarquia moribunda e receosa de
ser varrida do mapa eleitoral do Estado em outubro próximo.
Apenas
para relembrar, o ex-secretário Ricardo Murad, apontado pela Polícia Federal
como chefe da organização criminosa que desviou mais de R$ 1 bilhão da saúde
pública do Maranhão, teve os direitos políticos cassados porque a então juíza
Josane, da 8ª Zona Eleitoral de Coroatá, entendeu que houve abuso de
poder político por parte de Murad em 2012. Naquele ano de eleição municipal,
conforme descreve a magistrada em sua sentença, o então secretário de Saúde
utilizava o cargo que ocupava para “viabilizar convênios estatais para a
construção de poços artesianos no município de Coroatá em período eleitoral
quando sua esposa disputava o cargo de prefeita da cidade”.
Logo
após a eleição de 2012, a juíza Josane, que condenou o casal Murad, foi
transferida, sendo substituída por Anelise, que comandou as eleições de 2016 e
agora surpreendeu juristas, classe política e o eleitorado maranhense ao
proferir sentença tornando inelegível o governador Flávio Dino, por suposto
abuso de poder faltando poucos mais de dois meses para o pleito em que Dino
aparece como franco favorito para renovar o mandato por mais quatro anos logo
no primeiro turno.
A
questionável sentença da magistrada na véspera em que o governador encaminhou o
pedido de registro de sua chapa ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) soa com
armação de quem está a serviço de grupo político e não da justiça, como se
espera de uma magistrada.
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