Exame.com – A defesa
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem
até esta terça-feira (20) para entregar as alegações finais no caso do tríplex.
Depois da entrega, o juiz Sergio Moro, responsável pela condução da Lava Jato, já pode
determinar uma sentença.
Nas alegações
finais da acusação, o Ministério Público Federal pediu a prisão de Lula no
começo de junho por corrupção e lavagem de dinheiro. Pediu, ainda,
a apreensão de R$ 87 milhões, valor do montante de propinas que foram
pagas nos contratos entre a OAS e a Petrobras.
Segundo o MP,
Lula teria recebido o tríplex no Guarujá como contrapartida por contratos
fechados entre a OAS e a Petrobras durante sua gestão.
Também são réus
no caso o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, os executivos da empresa Agenor
Franklin Medeiros, Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Ferreira, e o
presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
Todos são
acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A ex-primeira-dama Marisa Letícia teve o nome excluído da
ação após a sua morte, em
fevereiro passado.
O que acontece depois?
Se Moro absolver
Lula, o MPF deve recorrer. Se decidir pela condenação, Moro pode declarar Lula
culpado e pedir ou não a prisão preventiva ou temporária.
De qualquer
forma, a defesa de Lula deve recorrer imediatamente, fazendo com que o caso
passe para a segunda instância, ao Tribunal Regional Federal da 4ª região.
Para que o
ex-presidente não seja preso, basta a defesa recorrer com habeas corpus. Além
disso, a condenação em primeira instância não acarreta em inelegibilidade, ou
seja, Lula ainda poderia ser candidato.
Quando o caso
for para o TRF, no entanto, há mais motivo para preocupação: a partir da
segunda instância, o petista poderá ser preso e ficar inelegível, se for
condenado.
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