O Plenário aprovou, na manhã desta
terça-feira (4), o Projeto de Lei nº 040/2017, de autoria do Poder Executivo,
que cria o Departamento de Feminicídio no âmbito da estrutura organizacional da
Polícia Civil do Estado do Maranhão. Na Mensagem nº 009/2017, o governador
Flávio Dino afirma que, no Dia Internacional da Mulher (8 de março), teve a
oportunidade de anunciar um pacote de ações voltadas para a valorização e
proteção das mulheres.
Além da
mensagem que encaminha o Projeto de Lei que cria o Departamento de Feminicídio,
no âmbito da estrutura da Polícia Civil, o governador cita o decreto que cria a
Coordenadoria das Delegacias de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra
a Mulher; e o decreto que convoca a 1ª Conferência Estadual da Saúde da Mulher.
Flávio
Dino lembra que, em março de 2016, o Governo do Estado assumiu o compromisso
para implementação das diretrizes nacionais para investigar, processar e julgar
com perspectiva de gênero as mortes violentas de mulheres com a criação do GTI
do Feminicídio (Grupo de Trabalho Interinstitucional). Desde então, os órgãos
componentes do GTI (Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público,
Defensoria e Poder Judiciário) vem trabalhando no sentido de se adequar a tais
diretrizes com o intuito de alcançar a excelência na investigação, processo e
julgamento das mortes violentas de mulheres.
De acordo
com o governador, o Projeto de Lei nº040/2017 é um importante passo para que a
Polícia Civil atue de forma eficaz no combate ao feminicídio que é, justamente,
a criação do Departamento de Feminicídio, “onde serão investigadas de forma
especializada as mortes violentas de mulheres ocorridas na Região Metropolitana
de São Luís e acompanhados os casos acontecidos no interior do Estado, além da
realização da consolidação de dados estatísticos”.
Já a
Coordenação de Delegacias da Mulher (Codevim), subordinada à Delegacia Geral,
vai se responsabilizar também pela reunião de estatísticas, qualificação de
profissionais, padrões de atendimento, fiscalização do trabalho investigativo e
unificação das estruturas de polícia que atuam em defesa da mulher vitimada.
“Se os feminicídios forem investigados de maneira eficaz e os autores forem
devidamente processados e condenados, teremos, sim, um efeito inibitório neste
tipo de investida criminosa”, afirma o governador na mensagem encaminhada à
Assembleia Legislativa.
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