No último dia 14, o ex-juiz Marlon Reis, idealizador da Lei da Ficha
Limpa, participou de um evento na sede do Conselho Federal de Contabilidade que
teve como foco debater a corrupção eleitoral.
É de suma importância a participação do CFC neste Movimento.
Este ano, nos dias 21 e 22 de novembro, acontecem as eleições de 2/3
para compor o plenário dos Conselhos Regionais de Contabilidade de todo o
Brasil. Tais eleições seriam uma excelente oportunidade do Conselho Federal de
Contabilidade cobrar, dos candidatos, uma Certidão da Justiça Federal, Estadual
e Municipal que não estejam arrolados em problemas com a justiça e sejam ficha
limpa.
Isso daria maior lisura e credibilidade ao processo, sem contar que os
profissionais contábeis estariam elegendo representantes ilibados na ética, um
dos pilares da profissão contábil.
Leia a matéria na íntegra retirada do site do CFC:
REPRESENTANTES DO MCCE REALIZAM REUNIÃO DO CFC
Por Fabrício Santos
Comunicação CFC
Por um Brasil sem corrupção, mais justo e transparente. Esse é um dos
objetivos do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) – rede formada
por entidades da sociedade civil, movimentos, organizações sociais e religiosas
focadas em combater a corrupção eleitoral – que esteve presente, na manhã desta
quinta-feira, no auditório do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em
Brasília (DF).
Na reunião, compuseram a mesa o idealizador da Lei da Ficha Limpa, juiz
Márlon Reis; o diretor do MCCE, Luciano Santos; o conselheiro do CFC e membro
da diretoria do MCCE, Miguel
Ângelo; e o secretário da Comissão
Brasileira Justiça e Paz (CBJP) da Conferência Nacional dos Bispos no Brasil
(CNBB).
Na abertura da reunião, o conselheiro do CFC agradeceu a presença de
todos e disse que “o Conselho Federal acompanha essa parceria com o MCCE por
acreditar em um País livre de corrupção”.
“A proposta que discutimos na reunião foi a criação de uma campanha, a
ser divulgada para toda a sociedade, alertando que a reforma política,
elaborada pelo atual Parlamento, não trará nenhum benefício para o povo
brasileiro”, afirma Miguel Ângelo.
O diretor do MCCE, Luciano Santos, lembrou que o tema reforma política
está na pauta do Congresso Nacional deste dia 14 de setembro. “Infelizmente, a
reforma política não está inspiradora, porque não conseguimos evoluir em uma
discussão tão importante para o País”, disse Luciano.
Ainda, segundo o diretor do MCCE, parece que os caminhos e as
alternativas que foram escolhidas pelo Congresso para tentar viabilizar a
reforma política não estão acontecendo como os parlamentares imaginavam. “Não
sabemos se comemoramos ou se ficamos tristes”, lamenta Santos.
O Conselho Federal de Contabilidade vem mantendo há anos a parceria com o
MCCE, atualmente composto por mais de 60 entidades nacionais. No ano passado, o
CFC lançou o livro Prestação de Contas
Eleitorais para as Eleições 2016, com orientações aos profissionais da contabilidade e
candidatos sobre as eleições. O livro, eletrônico, dedica um capítulo especial
sobre o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.
Projeto em tramitação
Por falta de acordo, os deputados adiaram mais uma vez a votação sobre a
reforma política que estava agendada para esta quinta-feira (14). Polêmico, o
texto da reforma está sendo alvo de críticas por diversos segmentos da
sociedade. Na última terça-feira (12), a comissão que discute a reforma na
Câmara aprovou relatório que determina que uma pessoa física pode doar, para
cada cargo em disputa, até 10% de sua renda do ano anterior, alcançando, no
máximo, dez salários mínimos para cada cargo. Como nas eleições de 2018 haverá
cinco cargos em disputa, uma pessoa poderá doar até R$ 50 mil.
Dentre vários pontos polêmicos da proposta, o que mais chamou a atenção
no relatório foi a possibilidade de que os partidos arrecadem recursos por meio
da realização de bingos, rifas e sorteios. A repercussão foi tão negativa que o
relator da comissão retirou do texto as chamadas doações ocultas, que permitia
à Justiça Eleitoral não divulgar o nome e o valor doado. Para valer nas
eleições do ano que vem, o texto da reforma política deve ser aprovado até o
dia 7 de outubro.
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